terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ora essa...


Eu sei que quase nunca posto nada aqui e que o assunto que eu vou tratar já está meio ultrapassado. Mas eu não poderia encerrar o ano sem falar alguma coisa sobre um tema muito cativante e que deixa o brasileiro orgulhoso: as eleições; ou melhor, um certo tipo de pessoa durante as eleições.

A cada dois anos somos honrados com o nosso dever cívico perante as urnas; e no meu caso, sou honrado duas vezes. Porque eu sou mesário. Legal, né campeão?

Mas isso e a minha revolta não têm nada a ver com o que eu quero tratar neste post. O assunto é algo que me faz pensar muito desde que eu me entendo por gente, e tenho certeza que não vai mudar tão cedo... Se é que vai mudar!

Mas enfim, sou só eu ou todo mundo já reparou que o brasileiro prefere votar em partidos do quê em pessoas?

Se você nunca notou isso, é fácil de perceber.

TODA FAMÍLIA TEM A ALA PETISTA E A ALA TUCANA!

Muito bizarro isso, mas é real. E o melhor momento para se ver as rixas partidárias são naqueles almoços de domingo, quando o seu tio, ainda com a coxa de frango na mão, começa a falar que o Bolsa Família não deixa mais ninguém passar fome. Aí, nessa mesma hora, a sua madrinha levanta e berra que na Bíblia já falavam de não dar o peixe, e sim ensinar a pescar e blá blá blá.

Sempre fico com medo dessas discussões...



Sinceramente, durante essas “conversas civilizadas” eu nem abro a minha boca pra não perder a amizade. Mas como agora é só meu monitor e eu, o bicho vai pegar. E se alguém aí prefere partidos à pessoas, ESTE TEXTO É PRA VOCÊ!

Num país em que a infidelidade partidária é algo que vemos toda hora não há o menor nexo em continuar com essas brigas.

Segundo o meu grande mentor, o Wikipédia, existem atualmente no Brasil 27 partidos registrados, e um outro tanto que eu fiquei com preguiça de contar à espera de legalização.

Quem não se lembra da memorável Havanir? Ou melhor, Dr. Havanir... Na época do PRONA ela ficava berrando seu nome, falava da bomba atômica e era super brother do Enéas. Tinha muito respeito por ela nessa época!

Contudo, foi só o barba morrer que ela foi correndo pro PSDB e (PASMEM!) não alterava mais o tom de voz e (pasmem de novo!) até começou a pentear o cabelo. De acordo com fontes fidedignas que estudavam com ela na FMU, ela até colocou um siliconão. OOOlhaa... OK OK!

Mas agora voltando a falar sério, este é só um exemplo besta de como a maioria dos políticos não se importa com os partidos que os representam. Eles apenas querem uma forma de chegar lá, com seus salários de 26 mil reais.



Eu não sou aquelas pessoas que babam ovo pros EUA, aliás, nem vou muito com a cara deles. Mas no que diz respeito a partidos políticos eles dão um show em nós.

Republicanos e Democratas são mais ou menos parecidos. Ambos acham que são donos do planeta e que qualquer país do mundo tem o dever de ser sua prostituta.

Sim, escrotos. Mas pelo menos são apenas dois.

Que polarizam os escrotos masters, como o Bush (Republicanos). E os escrotos que enganam, como o Obama (Democratas). Fato que não permite que qualquer Zé das couves se candidate a cargos que são de extrema importância para a nação. Correto, Tiririca?



Sim, o Schwarzenegger conseguiu. Mas ele é o exterminador do futuro, portanto, ele pode!

Para finalizar, gostaria de dizer que eu não odeio tanto assim quem vota só em partidos. Mesmo eles nem sabendo em quem votam. “Vou votar na legenda, eu gosto do P-qualquercoisa”, dizem milhares de brasileiros desavisados.

Apenas desejo conscientização e esclarecimento. Ou que o Serra comece a ter a mesma ideologia do Aécio e a Dilma a mesma do Suplicy...

Qual delas é menos impossível?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Viva a sociedade alternativa

Jovens que têm como conceito o diferente usam seu estilo para se destacar e expor ao mundo sua filosofia.

Para os não gostam do estereótipo roupas de marca, maquiagem que pouco chama a atenção e baladas Vila Olímpia/Madalena, resta o rótulo de alternativos. Essas pessoas se diferenciam em meio à multidão, seja pela sua filosofia e o modo de se expressar, seja pelas roupas, cabelos e tatuagens que fogem ao conceito de “normal” para os olhos mais conservadores.

Desde os anos 60, com os hippies, pessoas procuram o “ser diferente” como protesto contra alguns valores da sociedade e, na maioria das vezes, como uma forma de negação a outro estilo que surgiu anteriormente. Nas décadas seguintes, outras tribos como punks, góticos, grunges, entre outros, surgiram criando um novo estilo de vida, músicas peculiares e sua própria literatura.

Entre as muitas variantes dentro do alternativo, um dos estilos mais famosos são os metaleiros, ou como eles preferem se auto-intitular, headbangers. “Cabelos longos, roupas pretas, visual para intimidar”, assim define seu visual o publicitário Marccos Chaves, 24 anos. Surgido no fim dos anos 60, o heavy metal é o estilo musical mais antigo que conta com a maior legião de seguidores, já que dentro desta única tribo são englobados uma série de outros nichos como os fãs de Power metal, trash metal, entre outros. “Existe o estilo e suas evoluções, modificações, melhoras, mas a base é praticamente a mesma”, explica a estudante de nutrição Ana Carolina Verpa, 20 anos, que leva nas costas uma bagagem com mais de 20 shows assistidos.

Os punks surgiram em meados doa anos 70 e se espalharam pelo mundo com seu visual dark e sua ideologia anarquista que chocaram a sociedade da época. No entanto, as bandas que sempre foram a principal forma de dissipar os ideais desta tribo já não ousam como antigamente. “Trocaram mensagens políticas e de liberdade por meras ‘mensagens’ de revoltas pré-adolescentes. Mas atualmente existem alguns grupos que ainda transmitem a ideologia punk, só que de uma forma diferente”, afirma o punkrocker e estudante de psicologia Octavio Freitas, 21 anos. Tal fato é comprovado pelo surgimento de outras vertentes de punks mais “lights”, como os Straight Edge (sXe) que, mesmo ainda conservando o estilo agressivo, é contra o uso do tabaco, álcool e drogas. “Muitos de nós são adeptos do vegetarianismo e/ou veganismo. E também organizamos palestras sobre política, meio ambiente e outras questões importantes”, explica a design e jogadora de pôquer profissional Renata Teixeira Soares, 24 anos.

Longe das roupas escuras, com um visual mais leve e um estilo totalmente zen, os amantes do reggae preferem usar roupas simples cheias de acessórios coloridos e os famosos Dreadlocks. A hippie-chic, como prefere ser chamada a estudante Jéssica Dias, 18 anos, diz que seu estilo “nasceu graças a pessoas que ela já conhecia, sua família e à música”. Segundo ela, a única coisa ruim é que as pessoas costumam ligar sua tribo com usuários de maconha, mesmo com ela insistindo que isso não passa de um rótulo. "Uma vez, um amigo meu veio brincando perguntar se eu fumava umas as vezes. Eu respondi rindo que não, e ele sabia. Só depois que descobri que era um conhecido nosso que ficava espalhando isso, sendo que ele nunca falava direito comigo", relata a estudante.

Há também os que mesclam vários estilos e criam o seu próprio, como o estudante de rádio e TV e músico Heitor Sena, 20 anos, que faz um verdadeiro mosaico para criar seu visual. “Tenho um estilo que agrega vários. Tenho cabelo comprido, mas uso roupas coloridas e ouço jazz e MPB, mesmo com minha essência ainda sendo o rock ‘n’ roll”, explica-se. Quem prefere seguir essa linha variada não fica preso a padrões de um determinado grupo e tem liberdade para usar sua criatividade. “Eu apenas corto o cabelo de um jeito que eu acho legal, ou me visto de um jeito que eu me sinta bem”, relata o estudante Caio Mhorse, 16 anos. Contudo, ambos concordam que se tivessem que se definir, optariam apenas pelo alternativo.

Nos últimos tempos, surgiu uma guerra entre os próprios alternativos e as tribos que apareceram recentemente. Contudo, diferentemente do que acontecia no passado entre punks e skins, esta batalha é apenas virtual, mas revela muitas diferenças e preconceitos. “A nova geração teen desagrada bastante. É essa geração que vota nos Colírios Capricho, que leva o Restart aos pódios nas premiações musicais. Os conceitos de qualidade mudaram bastante”, critica Heitor. Entretanto, para os mais radicais, isso é um problema que não se restringe apenas ao universo das tribos e do entretenimento. “A música que o povo ouve serve de espelho para o que é a sociedade”, acredita Octavio.


*** matéria para o jornal 'Acontece' ***

À sombra da catedral da Sé, como um sorriso em uma face melancólica. Escondida, modesta, bucólica e com painéis hipnotizantes; a capela dos franceses em uma época que São Paulo era italiana como nunca. Dentro, o teto comove com seus detalhes e guia lentamente o olhar até o altar gótico da padroeira Santa Luzia. O bancos de mogno ásperos e irregulares mostram que eles passaram por uma "via crusis" e sobreviveram; mesma sorte não tiveram as paredes. Uma insossa tinta branca foi usada para tapar os afrescos de outrora, que são apenas vislumbrados através da recente pintura descascada.



*** exercício da aula de narrativas ***

domingo, 15 de agosto de 2010

eu?


"As vezes extrovertido. As vezes tímido. Sempre sincero!Tenho vinte anos completos, e talvez só isso de completo. Sou meio loiro, meio gordo, meio gago, meio jornalista, ainda. Nunca fui bom com as palavras faladas, mas sempre me encantei com as escritas; viajo com elas! Meu sangue italiano me fez palmeirense fanático, temperamental; o português ainda não sei, talvez um dia queira desbravar o mundo. Já quis ser dentista, músico, aposentado. Aliás, peco na preguiça, minha mãe diz que já nasci cansado. Tudo que faço é com demora e perfeição. A MPB uma herança dos meus pais, o Rock 'n' Roll uma herança da vida. De cada dez palavras que saem da minha boca pelo menos cinco estão entre mano, 'véio' ou algum palavrão qualquer. Isso é ruim? Acho que se enquadra no meu corpo perfurado por piercings e rabiscado por tatuagens"


*** exercício da aula de narrativas ***

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Muro que nada...

A Guerra Fria e a ameaça de uma hecatombe nuclear resultante de um jogo de interesses entre os russos e os americanos foram destruídos junto com o muro de Berlim, em 1991. Pelo menos é isso que todos achávamos até ser denunciado que tanto a Rússia como os Eua estavam praticando espionagem.

Há pouco mais de um mês, os presidentes Obama e Medvev se encontraram e pareciam querer discutir um importantíssimo tema: a redução do arsenal nuclear das duas nações. Contudo, o ocorrido com os espiões só prova que cada um dos dois países ainda tem um pé e meio atrás em relação ao outro.

Agora, a dúvida é se a Guerra Fria realmente acabou ou estamos vivendo a Paz Armada II – O Retorno.

O mais provável é que ambos continuem desconfiando um do outro por um bom tempo, mas nada fugirá disso. A longo prazo, também é difícil de imaginar que as duas potências queiram um enfrentamento; já que americanos estão mais preocupados com árabes, e russos com tchechênos e as demais minorias dentro de seu território.

domingo, 18 de julho de 2010

O legado de Dunga


Muito já se comentou sobre sobre os erros que o ex-técnico da seleção cometeu e sua contribuição para o fim do sonho do hexa em 2010. Após algum tempo da eliminação para a Holanda, e com a cabeça mais fria, é possível analisar com mais cautela o que pode ser aproveitado e as várias gafes que devem ser abandonadas; e se possível postas no lixo, queimadas e jogadas ao vento do esquecimento.


Boa, Dunga!

Sua interação com a imprensa teve o lado bom e o ruim. O lado positivo foi a forma igual que ele tratou todos que o entrevistavam, não se importando com o local onde o profissional da comunicação trabalhava. Todos levavam “patadas” de forma democrática!
Após a Copa de 2006, foi noticiado aos quatro ventos que o problema daquela seleção era o comprometimento e a “farra” que se tornou a concentração. Portanto, se fossemos olhar por esse lado simplório, Dunga fez um ótimo trabalho e atingiu a meta de fazer uma seleção comprometida e sem privilégios, como todos queriam.



Tinha que ser o Dunga...

O lado negativo no trato com a imprensa ficou por conta do rancor e a nítida dificuldade em lidar com críticas. Se valendo do cargo e do apoio da CBF, quando não gostava de alguma pergunta capciosa não fazia a mínima questão de ser pelo menos educado ou inteligente para desconcertar os jornalistas que lá estavam.
No campo futebolístico, o desastre causado pelo furacão Dunga ainda não pode ser medido. O time usado na África do Sul era velho e formado por alguns jogadores de nível duvidoso, como o volante Kleberson, que ganhou um tour grátis pago pela CBF pelos serviços prestados em 2002. Quanto mais via-se os jogos, mais a falta de um meia diferenciado como Paulo Henrique Ganso era sentida, nem que fosse no banco de reservas.
A Alemanha levou um time jovem e pouco rodado, mas com os melhores jogadores disponíveis que, certamente, já imaginavam que não iriam ganhar, mas pelo menos já teriam a experiência de disputar uma Copa do Mundo.
Já o Brasil é uma incógnita para o próximo mundial. A geração que está se formando agora tem talento, no entando, continuará com a mesma experiência em copas que tem atualmente. Talvez apenas Júlio César, Maicon, Ramirez e Robinho, se não continuar jogando apenas com o nome, têm presenças prováveis em 2014.
O feito Dunga ainda será sentido por alguns anos; algumas copas.

Já dizia minha sabia avó: "Quem planta ventos, colhe tempestades".

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Retrocesso


A descoberta das reservas de petróleo no pré-sal brasileiro foi motivo de festa e comemorações com forte cunho político. As incontáveis propagandas sobre “um novo horizonte que se abre” não cansam de abordar sobre o quão importante é essa descoberta e os benefícios que ela trará para o Brasil.

Por outro lado, pouco se vê notícias e comentários que falem sobre o lado negativo e os possíveis danos que a exploração do pré-sal poderá causar. Uma das únicas vezes que a mídia deu alguma relevância para o assunto foi quando o Greenpeace fez um protesto na cerimônia de lançamento do marco regulatório do pré-sal, mas após isso, o assunto morreu.

A repercussão sobre estas descobertas se deram pois as reservas foram encontradas na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil e contêm em sua grande parte o chamado petróleo fino, que pode ser usado em refinarias e até então era pouco encontrado em território brasileiro.

Nos últimos anos o Brasil vinha se destacando por fazer uso e investir massivamente em biocombustíveis que, no futuro, poderão ser os substitutos dos combustíveis de origem fóssil, os mais danosos ao meio ambiente. Mas ao que parece, o pré-sal está querendo apagar o imagem de “bom moço” que o país estava criando.

Com o passar do tempo, o barril de petróleo custará cada vez menos e o que será feito com os 33 bilhões de barris da reserva brasileira ainda é uma incógnita. As fontes de petróleo têm previsão de esgotamento para daqui a cem anos e, logicamente, antes que ele se acabe surgirão fontes alternativas a ele.

A tecnologia do biocombustível é brasileira e ninguém mais no mundo a tem. O petróleo atualmente tem um valor de mercado maior, mas isso poderá não ser uma verdade daqui a cinquenta anos.

O impacto ambiental que essa exploração causará também é preocupante, pois além da poluição causada pelos derivados do petróleo(combustíveis, solventes e outros), nenhuma plataforma está imune a um acidente semelhante ao que ocorreu no Golfo do México.

O ano é de eleição, e com certeza o pré-sal será e já está sendo usado para propagandas e afins. Mas o que realmente importa é o que será feito para que ele seja viável tanto ambiental quanto economicamente, sem esquecer dos tão importantes e deixados de lado biocombustíveis.


Balanço das quartas-de-final


Holanda 2 X 1 Brasil

Não vale a pena comentar nada sobre este jogo.
O que aconteceria já vem sendo dito há mais de um ano. E agora só nos resta cantar “eu vou eu vou. Para casa agora eu vou parara-tim-bum parara-tim-bum”.

ps: Felipe Melo quando não **** na entrada, **** na saída!






Uruguai 1(4) X 1(2) Gana

Desonestidade? Trapaça?
Pode até ser, mas nem mesmo os jogadores de Gana reclamaram do lance que o atacante Suárez fez a defesa da Copa.
O jogo com certeza foi o mais emocionante até o presente momento, com duas equipes tecnicamente frágeis, mas que lutaram até o fim para fazer história.
O Uruguai tinha a seu favor o fato de ter dois jogadores que poderiam desequilibrar: Forlán e Suárez. Já Gana dependia muito dos lampejos de Asamoah Gyan e do físico superior ao dos uruguaios que, no fim do jogo, deu uma vantagem considerável aos africanos.
Nos pênaltis, valeu o peso da camisa uruguaia que tremeu menos na hora da decisão.
Contra a Holanda, Lugano, Suárez e Fucile são ausências que serão extremamente sentidas. Mas fica a torcida por um pequeno milagre do último sul-americano na Copa.



Argentina 0 X 4 Alemanha

É inadmissível levar como laterais-direito Otamendi e Jonás Gutiérrez e deixar Javier Zanetti de fora.
É muito bonito fazer um meio-campo de toque de bola (não é, Dunga?), mas porque esquecer do melhor volante argentino? Cambiasso tem um excelente passe e é muito eficiente na marcação e proteção da defesa, vide a Inter de Milão campeã européia.
Talvez não fosse Diego Maradona o técnico, o resultado seria menos vergonhoso.

Don't Cry For Me Argentina

Enquanto isso, os desacreditados alemães roubaram a cena com o melhor futebol do mundial e agora são os favoritos para vencê-lo. Hitler deve estar se revirando no túmulo vendo a superioridade da raça miscigenada em campo.



Paraguai 0 X 1 Espanha

Só mesmo a musa da Copa, Larissa Riquelme, acreditava que os paraguaios poderiam fazer frente à poderosa Espanha. E não fossem os erros de arbitragem, que prejudicaram mais a equipe sul-americana, não seria nenhuma surpresa ou injustiça o Paraguai ter passado para as semifinais.
Já a Espanha ainda não mostrou o futebol que encantou na Euro-2008; e se não mostrar contra a Alemanha dificilmente disputará uma inédita final.
Iniesta e Xavi não estão sendo decisivos como se era esperado, e David Villa não pode resolver sempre. Um time que conta com apenas um jogador está fadado ao fracasso (não é, Dunga?).
Parabéns ao Paraguai, o Brasil não teria durado tanto contra os espanhóis!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cadê você?


Todos o procuram já há algum tempo, mas aparentemente ele se esconde muito bem e cada vez melhor. Mas isso é o de menos, pois no lugar em que todos esperam muito tempo para vê-lo ele também não aparece.


E nem adianta traçar um padrão fenotípico ou comportamental para esta “divindade”, já que ele pode variar conforme o local e a situação. Mas segundo fontes é mais fácil acha-lo em gramados do que em outros lugares.


Não! Não se trata de Gnomos ou qualquer outro ser que habite a relva, a selva crescente, pois eles só foram vistos lá em Marte, Gnomos por todas as partes (quem não entendeu ouça Tihuana).


Mas então quem poderia ser? Se juntar difícil de encontrar, mais gramado, mais ser “divino”, a resposta torna-se simples: o craque da Copa!


Os jogadores que se destacaram durante a temporada européia são sempre os que criam mais expectativas na imprensa e na torcida que não vêem a hora de ver os jogadores repetindo pelas seleções o que eles fazem nos clubes. Contudo, está comprovado que ultimamente eles conseguem não ter as mesmas atuações.



Será que não se fabricam mais craques como Pelé, Maradona, Cruijff e Valderrama? Ok, Valderrama não. Mas pelo menos ele nos faz rir até hoje.


No último mundial, o escolhido foi o francês Zinedine Zidane que, apesar do “leve carinho” que fez no zagueiro italiano Materazzi, mereceu o prêmio de forma incontestável. A única ressalva fica por conta de que aquela não era para ser a Copa de Zizou, que já estava na descendente e deu seu último suspiro como jogador na Alemanha.


Agora, na Copa da África, restaram quatro principais nomes que estão na lista de apostas para o destaque do mundial, são eles: Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi e o esquecido David Villa.
O português já se despediu e não agradou nem aos seus conterrâneos da Ilha da Madeira. Resta a Messi, Kaká e Villa fazerem as honras e serem decisivos para seus países.

Por enquanto, o vencedor é David Villa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Marina from Acre


Após 16 anos de governo nas mãos do eixo tucano-trabalhadores, um novo horizonte se abre para os eleitores brasileiros. Uma mulher de aparência frágil, simples e até um pouco tímida apresenta-se ao povo com uma nova visão para o futuro do país.


A acreana Marina Silva é a candidata à presidência pelo PV (Partido Verde) e segundo as pesquisas está muito atrás dos “badalados” José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Mas será que os cidadãos estão dando preferência às propostas ou apenas ao nome e ao partido dos candidatos?


Em 2003, quando Lula foi eleito pela primeira vez, Marina foi nomeada ministra do Meio Ambiente e mostrou ter pulsos firmes na luta pela preservação ambiental, chegando muitas vezes a entrar em conflito com seu próprio partido. Contudo, depois de desentendimentos com ministros, reclamações de que seus projetos teriam sido praticamente paralisados e divergências com a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, Marina teve de ceder e retirou-se do ministério em 2008, para retornar ao Senado.


No dia 19 de agosto de 2009, Marina desligou-se oficialmente do PT. Segundo a própria “não se trata mais de fazer embate dentro de um partido em que eu estava há cerca de 30 anos, mas o embate em favor do desenvolvimento sustentável”. A partir de então, rumores de que ela filiaria-se ao PV para uma possível disputa ao cargo de Presidente surgiram, e foram confirmados em junho deste ano.


A destruição do meio ambiente talvez seja o pior erro que a humanidade possa cometer. Atualmente consumimos 40 % a mais do que o planeta pode nos oferecer, e um dos últimos recintos de preservação está perigosamente ameaçado pela soja e pelo gado. Qual candidato sentiu na pele os problemas da floresta e sempre lutou pela sua preservação e uso sustentável?


Os presidenciáveis Serra e Dilma estão muito mais preocupados um com o outro e com o marketing do que com as suas próprias propostas. Quando se pronunciam, normalmente é para reclamar sobre a forma de campanha ou sobre supostas “falcatruas” armadas pelos partidos adversários. Até agora, a proposta mais falada por eles é sobre dançar o “rebolation” em caso de vitória.


Desenvolvimento econômico de fato é muito importante, mas ao que parece, algumas pessoas esqueceram que de nada vale o progresso caminhando de mãos dadas com uma tragédia anunciada. O nome de Marina Silva é sinônimo de um futuro melhor e mais saudável para as futuras gerações.

domingo, 27 de junho de 2010

Vingança: um prato que se come frio?




No caso da Alemanha é um prato tão velho que talvez até já tenha se decomposto. Mas foi divinamente saboreado pelos homens da terra dos salsichões.


Para quem não se lembra, na Copa do Mundo de 1966 as duas seleções também se enfrentaram, e curiosamente ocorreu um erro muito semelhante com o que o trio de arbitragem uruguaio cometeu na tarde deste domingo (27/06/2010). Na opotunidade, um gol irregular abriu caminho para o desempate que daria o único título mundial aos ingleses. Coincidência ou não, aquele mundial foi realizado na Inglaterra, e o jogo, em pleno Wembley Stadium.


Se o gol de hoje tivesse sido validado por Jorge Larrionda, certamente a história do jogo teria sido diferente. O ùnico astro inglês que ainda conseguia acrescentar algo ao time era Steven Gerrard, mas um marcado poderia acordar Lampard para o jogo e acabar de uma vez por todas com essa história de que ele e Steven se anulam em campo.

Mas saindo do campo da suposição, o que se viu em Bloemfontein foi uma Alemanha superior e mais madura que os cavaleiros da Rainha. Sob o comando de Schweinsteiger (ufa! consegui escrever) os alemães fizeram dois gols no primeiro tempo de jogo e, na segunda etapa, deram uma aula de contra-ataque para fechar a goleada e o melhor jogo visto até aqui na Copa da África. Lembrando que nem mesmo foi sentida a falta do guerreiro germânico do ABC paulista, Cacau!


Resta agora saber o que será da Inglaterra. Fabio Capello tinha em suas mãos o maior salário entre os treinadores do mundial e um time envelhecido que não conseguiu corresponder às expectativas. Só esperamos que, além da rainha, Deus também salve os jogadores no desembarque em Londres (perdão pelo tracadilho infame).


What happens to you, Rooney???

Começo de temporada européia, tranferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid e grande expectativa em cima do jogador que agora seria O cara do Manchester United. De quem estamos falando? Do nosso querido baby Shrek.


Contudo, a temporada foi decepcionante para Wayne Rooney. O sonho de ganhar novamente a UEFA Champions League e se tornar o maior artilheiro dos Red Devils em uma única temporada não se concretizou.


Na Copa do Mundo, viu sua seleção ser eliminada de forma vexaminosa e indiscutível pela Alemanha; e com um agravente, sem nenhum gol seu e nenhuma atuação que causasse suspiros em Sir Mick Jagger, que estava presente no jogo contra os alemães.


What happens to you, baby Shrek???

CAOS VERMELHO




Todos caminham como gladiadores que em poucos instantes terão que matar uma temida fera, ou talvez algo pior. Os rostos perdidos no meio da multidão parecem querer retornar ao lar, mas o dever e o destino lhes impõem uma longa caminhada, perigosa e incerta.


O campo de batalha não se parece em nada com os dos tempos antigos, já que ele até pode ser considerado moderno, porém, modernidade não é sinônimo de segurança e conforto. Esse lugar ao mesmo tempo temido, odiado e necessário é a linha vermelha do metrô de São Paulo.


Esse gigante que ajuda a cidade a funcionar tem a capacidade de transportar 60 mil passageiros por hora e espantosos 1,4 milhão por dia, fazendo a trajetória da zona leste à zona oeste da capital paulista. Curiosamente duas estações levam o nome de dois times de futebol, o Palmeiras e o Corinthians, que até na linha de metrô ficam em lados completamente opostos.


Os vagões, enormes estruturas de alumínio, percorrem ao todo 18 estações diversas vezes ao dia. Por dentro, o objeto de desejo dos passageiros são os bancos de plástico, duros e simples, mas sempre que se ouve o “PIIIIIIIII” que indica a abertura das portas uma guerra de cotoveladas e empurrões é iniciada apenas para tê-los.


A preferência é pelos bancos marrons, porque os azuis podem causar um efeito terrível em pessoas saudáveis; afinal, não é difícil se ver usuários sentados nos bancos azuis sofrerem de um sono devastador exatamente na hora em que entra algum idoso ou alguma grávida no vagão.


A trilha sonora dentro dos trens é bastante ampla e diferenciada; ouve-se desde um sertanejo de raiz até um funk carioca, e tudo isso graças ao companheirismo de usuários com fones de ouvido ultra potentes que praticamente transformam os vagões em baladas ambulantes.


Lugar tão democrático quanto o metrô talvez só as praias do Rio de Janeiro. Nas imensas estações encontramos empresários e ambulantes, bonitos e feios, cheirosos e não tão cheirosos, todos misturados e com um só objetivo, o de chegar ao destino esperado na hora certa. Um dos poucos mal vistos são os passageiros que insistem em querer ver a parte de baixo dos vagões, obrigando os “maquinistas” a dizerem a arrepiante frase: “estamos parados devido a usuário na via”.


Os estudantes que pretendem seguir uma carreira que exija conhecimentos de física também contam com uma contribuição considerável do metrô paulistano. Um dos bons
exemplos disso ocorre na estação Brás, onde uma das leis de Newton é totalmente desmoralizada, pois a partir dessa estação dois corpos passam a ocupar o mesmo lugar no espaço. Por sorte, a credibilidade de Newton não é totalmente perdida, já que na estação Sé sua primeira Lei se faz presente e é comprovada quando mesmo que o indivíduo não queira desembarcar ele acaba desembarcando por inércia, todos os dias entre seis e oito da manhã e cinco e nove da noite.


Como todo convívio em família, as relações entre passageiros são repletas de brigas e desentendimentos que, na maioria das vezes, são causadas por empurrões e por cavalheiros que tentam se aproveitar de damas indefesas e ingênuas frequentadoras dos corredores estreitos dos vagões. Essas discussões, estranhamente e comicamente, sempre terminam com a mesma frase: “se não está contente vai de táxi!”.