segunda-feira, 19 de julho de 2010

Muro que nada...

A Guerra Fria e a ameaça de uma hecatombe nuclear resultante de um jogo de interesses entre os russos e os americanos foram destruídos junto com o muro de Berlim, em 1991. Pelo menos é isso que todos achávamos até ser denunciado que tanto a Rússia como os Eua estavam praticando espionagem.

Há pouco mais de um mês, os presidentes Obama e Medvev se encontraram e pareciam querer discutir um importantíssimo tema: a redução do arsenal nuclear das duas nações. Contudo, o ocorrido com os espiões só prova que cada um dos dois países ainda tem um pé e meio atrás em relação ao outro.

Agora, a dúvida é se a Guerra Fria realmente acabou ou estamos vivendo a Paz Armada II – O Retorno.

O mais provável é que ambos continuem desconfiando um do outro por um bom tempo, mas nada fugirá disso. A longo prazo, também é difícil de imaginar que as duas potências queiram um enfrentamento; já que americanos estão mais preocupados com árabes, e russos com tchechênos e as demais minorias dentro de seu território.

domingo, 18 de julho de 2010

O legado de Dunga


Muito já se comentou sobre sobre os erros que o ex-técnico da seleção cometeu e sua contribuição para o fim do sonho do hexa em 2010. Após algum tempo da eliminação para a Holanda, e com a cabeça mais fria, é possível analisar com mais cautela o que pode ser aproveitado e as várias gafes que devem ser abandonadas; e se possível postas no lixo, queimadas e jogadas ao vento do esquecimento.


Boa, Dunga!

Sua interação com a imprensa teve o lado bom e o ruim. O lado positivo foi a forma igual que ele tratou todos que o entrevistavam, não se importando com o local onde o profissional da comunicação trabalhava. Todos levavam “patadas” de forma democrática!
Após a Copa de 2006, foi noticiado aos quatro ventos que o problema daquela seleção era o comprometimento e a “farra” que se tornou a concentração. Portanto, se fossemos olhar por esse lado simplório, Dunga fez um ótimo trabalho e atingiu a meta de fazer uma seleção comprometida e sem privilégios, como todos queriam.



Tinha que ser o Dunga...

O lado negativo no trato com a imprensa ficou por conta do rancor e a nítida dificuldade em lidar com críticas. Se valendo do cargo e do apoio da CBF, quando não gostava de alguma pergunta capciosa não fazia a mínima questão de ser pelo menos educado ou inteligente para desconcertar os jornalistas que lá estavam.
No campo futebolístico, o desastre causado pelo furacão Dunga ainda não pode ser medido. O time usado na África do Sul era velho e formado por alguns jogadores de nível duvidoso, como o volante Kleberson, que ganhou um tour grátis pago pela CBF pelos serviços prestados em 2002. Quanto mais via-se os jogos, mais a falta de um meia diferenciado como Paulo Henrique Ganso era sentida, nem que fosse no banco de reservas.
A Alemanha levou um time jovem e pouco rodado, mas com os melhores jogadores disponíveis que, certamente, já imaginavam que não iriam ganhar, mas pelo menos já teriam a experiência de disputar uma Copa do Mundo.
Já o Brasil é uma incógnita para o próximo mundial. A geração que está se formando agora tem talento, no entando, continuará com a mesma experiência em copas que tem atualmente. Talvez apenas Júlio César, Maicon, Ramirez e Robinho, se não continuar jogando apenas com o nome, têm presenças prováveis em 2014.
O feito Dunga ainda será sentido por alguns anos; algumas copas.

Já dizia minha sabia avó: "Quem planta ventos, colhe tempestades".

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Retrocesso


A descoberta das reservas de petróleo no pré-sal brasileiro foi motivo de festa e comemorações com forte cunho político. As incontáveis propagandas sobre “um novo horizonte que se abre” não cansam de abordar sobre o quão importante é essa descoberta e os benefícios que ela trará para o Brasil.

Por outro lado, pouco se vê notícias e comentários que falem sobre o lado negativo e os possíveis danos que a exploração do pré-sal poderá causar. Uma das únicas vezes que a mídia deu alguma relevância para o assunto foi quando o Greenpeace fez um protesto na cerimônia de lançamento do marco regulatório do pré-sal, mas após isso, o assunto morreu.

A repercussão sobre estas descobertas se deram pois as reservas foram encontradas na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil e contêm em sua grande parte o chamado petróleo fino, que pode ser usado em refinarias e até então era pouco encontrado em território brasileiro.

Nos últimos anos o Brasil vinha se destacando por fazer uso e investir massivamente em biocombustíveis que, no futuro, poderão ser os substitutos dos combustíveis de origem fóssil, os mais danosos ao meio ambiente. Mas ao que parece, o pré-sal está querendo apagar o imagem de “bom moço” que o país estava criando.

Com o passar do tempo, o barril de petróleo custará cada vez menos e o que será feito com os 33 bilhões de barris da reserva brasileira ainda é uma incógnita. As fontes de petróleo têm previsão de esgotamento para daqui a cem anos e, logicamente, antes que ele se acabe surgirão fontes alternativas a ele.

A tecnologia do biocombustível é brasileira e ninguém mais no mundo a tem. O petróleo atualmente tem um valor de mercado maior, mas isso poderá não ser uma verdade daqui a cinquenta anos.

O impacto ambiental que essa exploração causará também é preocupante, pois além da poluição causada pelos derivados do petróleo(combustíveis, solventes e outros), nenhuma plataforma está imune a um acidente semelhante ao que ocorreu no Golfo do México.

O ano é de eleição, e com certeza o pré-sal será e já está sendo usado para propagandas e afins. Mas o que realmente importa é o que será feito para que ele seja viável tanto ambiental quanto economicamente, sem esquecer dos tão importantes e deixados de lado biocombustíveis.


Balanço das quartas-de-final


Holanda 2 X 1 Brasil

Não vale a pena comentar nada sobre este jogo.
O que aconteceria já vem sendo dito há mais de um ano. E agora só nos resta cantar “eu vou eu vou. Para casa agora eu vou parara-tim-bum parara-tim-bum”.

ps: Felipe Melo quando não **** na entrada, **** na saída!






Uruguai 1(4) X 1(2) Gana

Desonestidade? Trapaça?
Pode até ser, mas nem mesmo os jogadores de Gana reclamaram do lance que o atacante Suárez fez a defesa da Copa.
O jogo com certeza foi o mais emocionante até o presente momento, com duas equipes tecnicamente frágeis, mas que lutaram até o fim para fazer história.
O Uruguai tinha a seu favor o fato de ter dois jogadores que poderiam desequilibrar: Forlán e Suárez. Já Gana dependia muito dos lampejos de Asamoah Gyan e do físico superior ao dos uruguaios que, no fim do jogo, deu uma vantagem considerável aos africanos.
Nos pênaltis, valeu o peso da camisa uruguaia que tremeu menos na hora da decisão.
Contra a Holanda, Lugano, Suárez e Fucile são ausências que serão extremamente sentidas. Mas fica a torcida por um pequeno milagre do último sul-americano na Copa.



Argentina 0 X 4 Alemanha

É inadmissível levar como laterais-direito Otamendi e Jonás Gutiérrez e deixar Javier Zanetti de fora.
É muito bonito fazer um meio-campo de toque de bola (não é, Dunga?), mas porque esquecer do melhor volante argentino? Cambiasso tem um excelente passe e é muito eficiente na marcação e proteção da defesa, vide a Inter de Milão campeã européia.
Talvez não fosse Diego Maradona o técnico, o resultado seria menos vergonhoso.

Don't Cry For Me Argentina

Enquanto isso, os desacreditados alemães roubaram a cena com o melhor futebol do mundial e agora são os favoritos para vencê-lo. Hitler deve estar se revirando no túmulo vendo a superioridade da raça miscigenada em campo.



Paraguai 0 X 1 Espanha

Só mesmo a musa da Copa, Larissa Riquelme, acreditava que os paraguaios poderiam fazer frente à poderosa Espanha. E não fossem os erros de arbitragem, que prejudicaram mais a equipe sul-americana, não seria nenhuma surpresa ou injustiça o Paraguai ter passado para as semifinais.
Já a Espanha ainda não mostrou o futebol que encantou na Euro-2008; e se não mostrar contra a Alemanha dificilmente disputará uma inédita final.
Iniesta e Xavi não estão sendo decisivos como se era esperado, e David Villa não pode resolver sempre. Um time que conta com apenas um jogador está fadado ao fracasso (não é, Dunga?).
Parabéns ao Paraguai, o Brasil não teria durado tanto contra os espanhóis!