domingo, 18 de julho de 2010

O legado de Dunga


Muito já se comentou sobre sobre os erros que o ex-técnico da seleção cometeu e sua contribuição para o fim do sonho do hexa em 2010. Após algum tempo da eliminação para a Holanda, e com a cabeça mais fria, é possível analisar com mais cautela o que pode ser aproveitado e as várias gafes que devem ser abandonadas; e se possível postas no lixo, queimadas e jogadas ao vento do esquecimento.


Boa, Dunga!

Sua interação com a imprensa teve o lado bom e o ruim. O lado positivo foi a forma igual que ele tratou todos que o entrevistavam, não se importando com o local onde o profissional da comunicação trabalhava. Todos levavam “patadas” de forma democrática!
Após a Copa de 2006, foi noticiado aos quatro ventos que o problema daquela seleção era o comprometimento e a “farra” que se tornou a concentração. Portanto, se fossemos olhar por esse lado simplório, Dunga fez um ótimo trabalho e atingiu a meta de fazer uma seleção comprometida e sem privilégios, como todos queriam.



Tinha que ser o Dunga...

O lado negativo no trato com a imprensa ficou por conta do rancor e a nítida dificuldade em lidar com críticas. Se valendo do cargo e do apoio da CBF, quando não gostava de alguma pergunta capciosa não fazia a mínima questão de ser pelo menos educado ou inteligente para desconcertar os jornalistas que lá estavam.
No campo futebolístico, o desastre causado pelo furacão Dunga ainda não pode ser medido. O time usado na África do Sul era velho e formado por alguns jogadores de nível duvidoso, como o volante Kleberson, que ganhou um tour grátis pago pela CBF pelos serviços prestados em 2002. Quanto mais via-se os jogos, mais a falta de um meia diferenciado como Paulo Henrique Ganso era sentida, nem que fosse no banco de reservas.
A Alemanha levou um time jovem e pouco rodado, mas com os melhores jogadores disponíveis que, certamente, já imaginavam que não iriam ganhar, mas pelo menos já teriam a experiência de disputar uma Copa do Mundo.
Já o Brasil é uma incógnita para o próximo mundial. A geração que está se formando agora tem talento, no entando, continuará com a mesma experiência em copas que tem atualmente. Talvez apenas Júlio César, Maicon, Ramirez e Robinho, se não continuar jogando apenas com o nome, têm presenças prováveis em 2014.
O feito Dunga ainda será sentido por alguns anos; algumas copas.

Já dizia minha sabia avó: "Quem planta ventos, colhe tempestades".

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