sábado, 8 de janeiro de 2011

Vergoinha é?

Grande parte da população brasileira é formada por descendentes de imigrantes. Africanos, europeus e asiáticos chegaram aos baldes.

É difícil vermos índios por aí, e os que vemos com freqüência são bolivianos. Viram só? Mais imigrantes!

De acordo com meu informante, o Wikipédia, desde 1870 chegaram ao Brasil mais de 6 milhões de estrangeiros que vieram fazer sua vida por aqui. Antes disso, quem chegava era chamado de colonizador, e não há dados sobre eles. Colonizadores depois de 300 anos... Bizarro!

Me atrevo a dizer que quase todo brasileiro é descendente de um imigrante. Vou repetir: D-E-S-C-E-N-D-E-N-T-E.

Então porque será que está lotado de nego falando que é alemão, italiano e blá blá blá? Vergonha de ser MADE IN BRAZIL?

Eu assumo que não me orgulho de ser da mesma terra em que nasceu o funk carioca. Mas agente também tem coisas boas, tipo... várias coisas.

Num adianta ser brasileiro só durante algum jogo de seleção, com todo mundo cantando “eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amooor”. Aliás, tenho um ódio mortal dessa música!

Porque os caras nem esperam muito tempo pra dar a realidade da situação. Saem do estádio pro busão e já começam a falar: “olha como tá cheio, o Brasil é uma M*E*R*D*A mesmo”. Ora essa... cadê o orgulho e o amor?

Amor beleza, somos insistentes. Mas o orgulho passa longe.

Até parece que brasileiro só sente orgulhoso e auto-confiante com o futebol. Como já diria o grande Nelsão, futebol é o ópio do povo. Valeu Dungaa!

Falta ao nosso um pouco de amor próprio e vergonha na cara.

Um bom exemplo disso são as pessoas que fazem manifestações até no fim do mundo quando seu time perde e dão risada quando um deputado fala que “está se lixando para a opinião pública”. Espero escrever sobre isso em breve.

E uma coisa eu sei, só ficar olhando para o quintal do vizinho e ver o que ele tem e você não com certeza não é o melhor caminho!

Eu juro que uma das coisas que eu mais queria ver é um brasileiro chegando pra um gringo e falando na cara dele que se acha europeu. “Porque meu vô era de num sei onde, minha vó é descendente de...”. CALA A BOCAA!

Para a maioria deles nós somos outro povo, de um mundo completamente diferente e, portanto, todos nós estamos no mesmo barco. Um barco de macacos, segundo a ideologia européia e argentina.


Eu não quero dizer que toda a sua ascendência deve ser esquecida, muito pelo contrário. Ela deve ser valorizada; é a história da sua família.

Me orgulho de ter sangue 50% português, 50% italiano e ser 100% brasileiro.

Mas não esqueça que só porque você é um playboyzinho criado a pão-de-ló que vai ser diferente do resto do Brasil. O nordestino que você tanto despreza é idêntico a você.

Até os cariocas são...

Um comentário:

  1. e eu tenho orgulho de ser 25% italiano, 25% austríaco, 25% moçambicano, 12,5% portugues e 12,5% índio (brasileiro mesmo)..
    yeaah!

    ResponderExcluir